SBSR | Underworld dão pontapé de saída
O remate final no festival foi desferido pelos Underworld, que transformaram o recinto numa discoteca. Ao contrário do que se poderia esperar, muitos daqueles que acompanharam os concertos de Interpol e Scissor Sisters mantiveram-se firmes e hirtos no Parque Tejo, esquecendo que amanhã era dia de trabalho e entregando o corpo à dança.
Se há bom motivo para esquecer horários e obrigações, pode muito bem ser uma actuação dos Underworld: além de vibrante e extremamente dançável, a sua música tem laivos de melancolia e motivos melódicos em quantidade suficiente para fazer a ponte entre vários tipos de público.Também os três ecrãs gigantes, dispostos dos dois lados do palco e ao fundo do mesmo, ajudaram a criar envolvência, mostrando os três músicos em acção e várias imagens cuidadosamente seleccionadas. O arranque, lento mas seguro, foi acompanhado de árvores e flores, que com o avançar do tempo e o acelerar dos ritmos se transformaram em gráficos do jogo «paranoid», bolhas e demais animações vagamente psicadélicas.
De jaqueta brilhante, Karl Hyde é quem mais puxa pelos espectadores, mas o factor determinante para pôr grupos de amigos e indivíduos desacompanhados a dançar freneticamente são as batidas pujantes que o grupo debita em palco, como que concentrando várias facetas (disco, electro, rock) das bandas que, hoje, passaram pelo festival.
E nem seria preciso dizer isto: «Born Slippy». Quase no final, os Underworld revisitaram este irrepetível momento de visibilidade mainstream, atingida nos idos de 90 e transformada em marca geracional à conta da banda-sonora de Trainspotting.
Visivelmente feliz, Hyde cantou, saltou e celebrou com o público o nonsense de «mega mega white thing», naquele que terá sido o último grande momento da edição de 2007 do SBSR. O especial acaba por aqui, e só tenho de vos agradecer a todos, leitores, por lerem e estarem connosco, no 13ª Arte.
Informamos aqui também que, para futuras visitas a este especial, basta clicar no ícone SBSR na coluna da direita a qualquer momento.
Obrigado!
(Texto de Luís Guerra/Lia Pereira, adaptação de David Akired)
1 comentário:
O Super Bock Super Rock teve um arranque brutal com três concertos muito acima da média dos Men Eater, Mastodon e Metallica e um Joe Satriani em forma. Nem uma referência?
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