3.7.07

SBSR | Bloc Party: A 1ª revelação da noite

E cá estamos nós perante o concerto mais emotivo da noite (até agora)! Kele Okereke deixou a posição bem marcada no nosso território, quer por parte dos fãs, quer por parte dele, dirigindo-se ao público e proferindo sobre actuar em Portugal... «always a pleasure».


Os Bloc Party começaram a todo o gás e vão alternando entre músicas da estreia de «Silent Alarm» e o mais recente «A Weekend In The City». O público reage com entusiasmo, naquele que será certamente o concerto mais participado da noite - mas, ainda assim, com um número de pessoas abaixo do que seria esperado (atendendo à enchente do 1º Acto).


Na sua segunda passagem por Portugal este ano, os Bloc Party convenceram. Apesar de alguns momentos de menor efusividade, em geral correspondentes aos temas do segundo álbum, A Weekend In The City, a banda mostrou argumentos: um baixo que sobrevoa a plateia e se aloja, palpitante, nas gargantas; as guitarras estereofoliantes de Russell Lissack e Kele Okereke.



Em alta tensão («Positive Tension»), com euforia («Banquet»), descontracção («This Modern Love») ou simplesmente fabuloso, Kele Okereke é o rei desta «Bock Party», como lhe chamou a certa altura. A banda pratica o rock único, limpo, apertadinho e consideravelmente eficaz para eventos desta índole: grande dimensão, espírito festivo, como seria de esperar do Super Bock Super Rock.


«The Prayer», do registo mais recente da banda, A Weekend in the City, soa quase ao rock cerebral de uns TV On The Radio; «So Here We Are», do primeiro (Silent Alarm), é um belo momento de partilha. Mas é a Kele que cabe conduzir o concerto ao seu rumo certo - o do sucesso. Depois de uma paragem abrupta, após inspirada interpretação de «Like Eating Glass», os Bloc Party regressaram ao palco - e aos braços dos fãs. Durante a explosiva «She's Hearing Voices», Kele juntou-se aos fãs que, na primeira fila, imploravam a «setlist» do concerto.


«Pioneers» decorre e «Helicopter», das mais espetaculares faixas da banda até à altura, deu a descolagem final sem parar de rodar as hélices. O vento fez com que os fãs não parassem de mexer de euforia e os Bloc Party saem, com mais um grande espectáculo dado.


Arcade Fire também têm lugar aqui no nosso site, esteja atento!

(Texto de David Akired)

SBSR | Mais estreias com Magic Numbers

Os Magic Numbers foram outros dos grupos que se estrearam em território nacional, através desta edição do Super Bock Super Rock.


'This is a Song' foi a entrada escolhida para o concerto da banda britânica, que continuou a animação que os Klaxons deixaram, mas desta feita aos sons do pop rock alternativo com toadas folk, evocativos das idas décadas de 60/70, também representadas na imagem hippie do colectivo de Romeo e Ângela, que quase sempre a duas vozes, e recorrendo à combinação da pandeireta com a percussão e as cordas - destaque para a baixista Michelle - evocaram outras formas de fazer rock, nem por isso menos enérgica.


As melodias de 'Forever Lost' e 'I See You, I See Me' contiuaram a adoçar a noite em plena hora de jantar, com ritmos mais ricos, em variedade, que os seus conterrâneos antecessores.
'Undecided', tal como 'This is a Song' foi outra das músicas tiradas do novo álbum, "Those The Brokes", num jeito mais melancólico que precedeu a vivacidade, quase "swingada" de 'Love Me Like You' e 'Mornings Eleven', ambas do primeiro disco homónimo.

Os Magic Numbers confirmaram que também eles juntam uns quantos fãs em Portugal, apesar do contexto de festival ajudar a preencher mais a moldura humana na expectativa pelos nomes mais conhecidos do cartaz.

Talvez numa outra oportunidade regressem para um encontro mais a sós. Não perca ainda as críticas mais quentes deste dia: Arcade Fire e Bloc Party. são texto e fotos a ouvir no 13ª Arte!


(Texto de Ana Tomás)

SBSR | Klaxons já se estrearam em Portugal

Após o concerto dos The Gift, é hora de os Klaxons se estrearem em palcos nacionais. A sortuda foi o SBSR, e os fãs agradecem esta opurtunidade. O tema de abertura foi «Atlantis To Interzone», que serviu para desenferrujar a guitarra esquerdina azul.


Os Klaxons pareciam ter alcançado um estatuto de «pop stars» junto de muitas jovens presentes no recinto, que respondem com gritos de emoção às intervenções do trio londrino (acompanhado pelo baterista Steffan Halperin). Jamie Reynolds recolhe muita da atenção feminina e chega a mencionar a sua ligação amorosa a Lovefoxxx, das brasileiras Cansei de Ser Sexy...

É já neste momento apaixonado que se vêm pelo recinto milhares de pessoas; das camisolas às riscas e t-shirts de bandas, bem como os óculos de massa e o calçado desportivo substituem a «massa negra» do primeiro acto do SBSR, dedicado ao Metal e Rock Instrumental.

O grupo inglês, a conseguir reunir audiência numerosa em frente do palco (o que faz prenunciar «boa casa» para os restantes concertos), passa em revista o seu álbum de estreia quase na totalidade. De Myths of the Near Future ouviram-se temas como «Gravity's Rainbow», «Atlantis To Interzone», «Golden Skans», «Magick» e «It's Not Over Yet». O trio, com o baterista mencionato acima, mostrou-se comunicativo. O som da banda em palco é, curiosamente, mais definido do que em disco e mais aluncinante - da amálgama sonora dançante que encontramos em Myths passam a um registo mais funk, com todos os instrumentos (nomeadamente os teclados) a distinguirem-se substancialmente.

Não perca aqui as críticas às actuações de Magic Numbers, Bloc Party e Arcade Fire. Fique atento.

(Texto de David Akired)

SBSR | The Gift com direito a "presente"

Após a subida dos Bunnyranch ao palco do Super Bock Super Rock, a música portuguesa continuou a apostar com The Gift. Os Gift misturam «Driving You Slow» com «Enjoy The Silence», dos Depeche Mode, com um resultado que só visto. Sónia Tavares Tratou de arrancar com «Music», seguido do novo single, «645».


«You've got to be so fucking free!» - foi ao som deste grito de guerra que The Gift remataram a sua passagem pelo palco do SBSR. Energicamente, como já era de esperar, o concerto contou com alguns "presentes", como a presença de um coro de seis vozes femininas em «Actress» e a apresentação de «645», que Sónia Tavares anunciou ser o próximo single de Fácil de Entender.


A vocalista dos alcobacenses arrancou boa reacção aos espectadores, como mostra a foto. «Até tem uma voz potente», surpreendia-se uma jovem perto de nós. «Está é nua!» (exagero, claro). Palmas acertadas e danças sortidas foram pedidas pela banda e oferecidas pelo público, animado por receber a última banda portuguesa do dia. Público esse, que a certa altura ordenou a Sónia que retribuísse, com um animado «E salta...». «Saltem vocês, que é para isso que aqui estão», retorquiu a vocalista, tanto certa tanto irónica.



Depois de certo diálogo entre Sónia e o público da "cabana", o concerto prosseguiu com entusiasmo de parte a parte (e o habitual dramatismo nos arranjos da banda, com fortes percussões e cordas sampladas). «Driving You Slow», canção popularizada pelo anúncio a uma operadora móvel, que não vou mencionar porque é a Vodafone, levou alguns a sacar do telemóvel para partilhar o momento, ao passo que «Question of Love», garrida e saltitante, assentou bem no contexto festivaleiro. Resta agoras saber se não servirá agora de anúncio televisivo...


Acompanhe, aqui no 13ª Arte, toda a informação sobre as próximas bandas.

(Texto de David Akired)

SBSR | Bunnyranch estreiam oficialmente Act2

O Act 2 do Super Bock Super Rock começou há uma hora ao som dos Y?, a banda vencedora do concurso Preload, que apresentou o seu Hard Rock, teen liderado por uma voz feminina.
O grupo antecedeu os Bunnyranch, protagonistas "oficiais" do arranque do primeiro dia, do segundo acto do festival. A banda de Coimbra trouxe o seu rock n'roll puro e orgânico a uma assistência ainda diminuta - de longe bem menos que no Act 1- e, provavelmente expectante à sonoridade mais adulta do grupo.
Para os jovens que se concentravam na frente de palco, o vocalista e baterista, Kaló, aproveitou para desfazer as dúvidas quando perguntou se o público sabia quem eram. «Alguns sabem», acrescentou antes de apresentar formalmente o nome da banda, já a meio do primeiro tema, 'Your Words Are My Jokes'. De resto, também este serviu de introdução à energia que viria a pautar o concerto, no qual os Bunnyranch condensaram o máximo de músicas que puderam - face ao pouco tempo de actuação disponível.
Nada que impedisse os músicos, sobretudo o baixista (Pedro Calhau) e o teclista (André Ferrão) de enriquecer instrumentalmente o espectáculo 'Flip Flop', 'Let Me Understand' - dedicada a Coimbra - 'Hungry' e 'Bunnyranch' (quase compiladas em meddley) foram apenas alguns exemplos do feixe enérgico que percorreu todo o palco, tendo em Kaló o interlocutor, que puxou da voz e da bateria sem esmorecer.
Justificando ao vivo as boas críticas que o seu último disco colheu, os Bunnyranch encheram o final de tarde com uma energia vibrante de puro rock n'roll, à qual Gui, dos Xutos e Pontapés, assistiu, do palco e com direito a referência pela banda, devido à colaboração no seu trabalho.
Seguem-se os sons pop dos The Gift, com 'I Dream with Someone Else's Dream' dá o mote.
Acompanhe aqui a actualização ao primeiro dia do Act2 do Super Bock Super Rock.
(Texto de Ana Tomás)

SBSR | Act2: Informação

Boas leitores! Antes de mais agradeço a todos a audiência que o 13ª Arte teve com a informação do Especial SBSR, no Act1. Agora estamos de volta, para acompanhar os concertos do primeiro dia deste acto mais alternativo. Ficam aqui os horários previstos:

17h00 - 17h15: Y?
17h30 - 18h15: Bunnyranch
18h35 - 19h25: The Gift
19h45 - 20h45: Klaxons
21h05 - 22h05: Magic Numbers
22h25 - 23h40: Bloc Party
00h00 - 01h30: Arcade Fire

Acompanhem!