SBSR | Bloc Party: A 1ª revelação da noite
E cá estamos nós perante o concerto mais emotivo da noite (até agora)! Kele Okereke deixou a posição bem marcada no nosso território, quer por parte dos fãs, quer por parte dele, dirigindo-se ao público e proferindo sobre actuar em Portugal... «always a pleasure».
Os Bloc Party começaram a todo o gás e vão alternando entre músicas da estreia de «Silent Alarm» e o mais recente «A Weekend In The City». O público reage com entusiasmo, naquele que será certamente o concerto mais participado da noite - mas, ainda assim, com um número de pessoas abaixo do que seria esperado (atendendo à enchente do 1º Acto).
Na sua segunda passagem por Portugal este ano, os Bloc Party convenceram. Apesar de alguns momentos de menor efusividade, em geral correspondentes aos temas do segundo álbum, A Weekend In The City, a banda mostrou argumentos: um baixo que sobrevoa a plateia e se aloja, palpitante, nas gargantas; as guitarras estereofoliantes de Russell Lissack e Kele Okereke.

Em alta tensão («Positive Tension»), com euforia («Banquet»), descontracção («This Modern Love») ou simplesmente fabuloso, Kele Okereke é o rei desta «Bock Party», como lhe chamou a certa altura. A banda pratica o rock único, limpo, apertadinho e consideravelmente eficaz para eventos desta índole: grande dimensão, espírito festivo, como seria de esperar do Super Bock Super Rock.
«The Prayer», do registo mais recente da banda, A Weekend in the City, soa quase ao rock cerebral de uns TV On The Radio; «So Here We Are», do primeiro (Silent Alarm), é um belo momento de partilha. Mas é a Kele que cabe conduzir o concerto ao seu rumo certo - o do sucesso. Depois de uma paragem abrupta, após inspirada interpretação de «Like Eating Glass», os Bloc Party regressaram ao palco - e aos braços dos fãs. Durante a explosiva «She's Hearing Voices», Kele juntou-se aos fãs que, na primeira fila, imploravam a «setlist» do concerto.
«Pioneers» decorre e «Helicopter», das mais espetaculares faixas da banda até à altura, deu a descolagem final sem parar de rodar as hélices. O vento fez com que os fãs não parassem de mexer de euforia e os Bloc Party saem, com mais um grande espectáculo dado.
Arcade Fire também têm lugar aqui no nosso site, esteja atento!
(Texto de David Akired)


Os Magic Numbers confirmaram que também eles juntam uns quantos fãs em Portugal, apesar do contexto de festival ajudar a preencher mais a moldura humana na expectativa pelos nomes mais conhecidos do cartaz.
Talvez numa outra oportunidade regressem para um encontro mais a sós. Não perca ainda as críticas mais quentes deste dia: Arcade Fire e Bloc Party. são texto e fotos a ouvir no 13ª Arte!
O grupo inglês, a conseguir reunir audiência numerosa em frente do palco (o que faz prenunciar «boa casa» para os restantes concertos), passa em revista o seu álbum de estreia quase na totalidade. De Myths of the Near Future ouviram-se temas como «Gravity's Rainbow», «Atlantis To Interzone», «Golden Skans», «Magick» e «It's Not Over Yet». O trio, com o baterista mencionato acima, mostrou-se comunicativo. O som da banda em palco é, curiosamente, mais definido do que em disco e mais aluncinante - da amálgama sonora dançante que encontramos em Myths passam a um registo mais funk, com todos os instrumentos (nomeadamente os teclados) a distinguirem-se substancialmente.
Não perca aqui as críticas às actuações de Magic Numbers, Bloc Party e Arcade Fire. Fique atento.
«You've got to be so fucking free!» - foi ao som deste grito de guerra que The Gift remataram a sua passagem pelo palco do SBSR. Energicamente, como já era de esperar, o concerto contou com alguns "presentes", como a presença de um coro de seis vozes femininas em «Actress» e a apresentação de «645», que Sónia Tavares anunciou ser o próximo single de Fácil de Entender.
A vocalista dos alcobacenses arrancou boa reacção aos espectadores, como mostra a foto. «Até tem uma voz potente», surpreendia-se uma jovem perto de nós. «Está é nua!» (exagero, claro). Palmas acertadas e danças sortidas foram pedidas pela banda e oferecidas pelo público, animado por receber a última banda portuguesa do dia. Público esse, que a certa altura ordenou a Sónia que retribuísse, com um animado «E salta...». «Saltem vocês, que é para isso que aqui estão», retorquiu a vocalista, tanto certa tanto irónica.
Acompanhe, aqui no 13ª Arte, toda a informação sobre as próximas bandas. 
Nada que impedisse os músicos, sobretudo o baixista (Pedro Calhau) e o teclista (André Ferrão) de enriquecer instrumentalmente o espectáculo 'Flip Flop', 'Let Me Understand' - dedicada a Coimbra - 'Hungry' e 'Bunnyranch' (quase compiladas em meddley) foram apenas alguns exemplos do feixe enérgico que percorreu todo o palco, tendo em Kaló o interlocutor, que puxou da voz e da bateria sem esmorecer.
Justificando ao vivo as boas críticas que o seu último disco colheu, os Bunnyranch encheram o final de tarde com uma energia vibrante de puro rock n'roll, à qual Gui, dos Xutos e Pontapés, assistiu, do palco e com direito a referência pela banda, devido à colaboração no seu trabalho.
Acompanhe aqui a actualização ao primeiro dia do Act2 do Super Bock Super Rock.

