26.9.07

police dão espectáculo no estádio nacional

Quinze minutos depois da hora marcada, cerca das 21h45, os Police subiram ao palco instalado no Estádio Nacional, em Oeiras, 27 anos depois da primeira passagem pelo nosso país, para um espectáculo, então, no Estádio do Restelo.

Sting, Stewart Copeland e Andy Summers traziam como premissa recordar os - hoje - clássicos, que cumpriram a tarefa, quase herculiana, de manter o trio britânico no topo, durante 30 anos. Logo na abertura, o incontornável 'Message In A Bottle' levou o público ao rubro. «Tudo bom, Lisboa? Estou muito feliz por estar aqui com vocês», dizia Sting, num português esforçado, aos fãs que se encontravam já em perfeita ebulição e que protagonizaram uma calorosa recepção ao trio.

Nesta altura ainda imensas pessoas entravam no recinto, que ficou bastante aquém da lotação esgotada. Casais de meia-idade, mas também rapazes e raparigas com pouco mais de 20 anos que, provavelmente, cresceram a ouvir a música que os pais tinham lá por casa, compunham a moldura humana. Cinco ecrãs gigantes difundiam imagens da banda e nas laterais direita e esquerda do palco, longos painéis emitiam intensos jogos de luz. A banda estava instalada numa espécie de anfiteatro montado no centro do palco.

Ultrapassadas as quezílias internas que levaram ao final da carreira, é inegável o virtuosismo e o vigor do grupo, saltando à vista a presença de Sting, sobretudo junto da ala feminina. Apesar da idade já avançada (Sting tem 56 anos, Copeland 55 e Summers 64), os três músicos continuam em grande forma, o que comprovaram, tanto em conjunto, como nos diversos solos e improvisações com que brindaram a assistência. Nem o frio que se fazia sentir fez a banda diminuir a intensidade com que se estava a entregar à rendida plateia.

Vinte anos após terem cessado actividades, ainda que com algumas reuniões esporádicas pelo meio, os Police são uma formação de muitos clássicos pop rock com travo a reggae, que fizeram questão de tocar, quase sem excepção, ao longo de mais de duas horas. Do cardápio da noite constou esse tal alinhamento em formato best of, que deles se esperava para o regresso aos palcos, a começar pelo supra referido 'Message In A Bottle' e a terminar com 'Next To You', passando por 'Every Little Thing She Does Is Magic', 'Roxanne' ou 'Every Breath You Take.

'Can't Stand Losing You', 'Walking On The Moon', 'De Do Do Do, De Da Da Da' e 'Voices Inside My Head' foram alguns dos muitos temas com direito a maior ovação. 'Roxanne', cantado a uma só voz, e com o palco propositadamente iluminado com luzes avermelhadas, e a fabulosa 'Every Breath You Take' ficam para a posteridade como dois dos momentos mais mágicos de todo o espectáculo.

No final, Sting, Summers e Copeland abraçaram-se e agradeceram ao público em conjunto, numa manifestação de união e amizade, naquela que terá sido a última actuação do colectivo em território nacional. E assim se fez história.

Na primeira parte do espectáculo actuaram os Fiction Plane, banda liderada por Joe Sumner, o filho de Sting, cuja voz é deveras semelhante à do pai. Na bagagem trouxeram o seu brit pop sujo, que serviram às colheradas. Durante pouco mais de meia hora os Fiction Plane mostraram toda a sua fibra e aqueceram o público para a grande atracção da noite.

O alinhamento do concerto dos Police foi o seguinte:

Message in a Bottle
Synchronicity II
Walking On The Moon
Voices Inside My Head / When The World Is Running Down
Don't Stand So Close To Me
Driven To Tears
Hole In My Life
Truth Hits Everybody
Every Little Thing She Does Is Magic
Wrapped Around Your Finger
De Do Do Do, De Da Da Da
Invisible Sun
Walking In Your Footsteps
Can't Stant Losing You
Roxanne

Encore

King Of Pain
So Lonely
Every Breath You Take
Next To You

(texto de Samuel Cruz, fotos de António)

2 comentários:

Mary disse...

Uma noite de contemplação! Foi o meu segundo concerto. Estive em Londres no dia 9 e lá fartei-me de dançar. aqui nem por isso, estava colada às grades. por isso aproveitei para tirar algumas fotos e simplesmente admirar.

Anónimo disse...

Gostei...Espetaculo digo eu!

Com os Ficition Plane, fiquei impressionado com a voz do filho do Sting, tal pai tal filho e gostei muito da performance deles..

Quanto aos Police, mostraram que ainda estao bem vivos e com uma energia enorme e com bom feeling, se calhar longe daquele que se sentia nos anos 80...
Fiquei impressionado com a prestação do Stewart Copeland, mesmo extraordinária, para a idade que ele tem. É sabido que um baterista sofre um desagaste maior que os outros membros da banda..e ele esteve spre em grande...e mostrou que é um grande baterista, só o vendo ali ao vivo é que lhe comecei a dar o devido valor e ver o pk das rivalidades com o sting..
O Andy Summer tem um tipo de solos muito estranho, tinha vz k eu pensava ..ele ta bebado? ele anda numa de psicadelismo??estranho mesmo..mas claro..ha kem adore!!Embora eu axe no geral a guitarra dos police uma guitarra muito complexa d s tocar...mas engraçada, eu sou mais a favor da simplicidade..aí é k reside toda a beleza...
O Sting, teve em grande com sempre, o contacto com o publico muito bom como spre, as palavras em portugues..correcto...soavam bem..e na "de do do do, de da da da" com o publico...foi excepcional...o publico ia buscar o tom k ele keria..muito bom!!!

Concluindo...foi um concerto muito digno de ser visto, e merecem um grande lugar na historia do rock n roll..